– O que é a hiperidrose e quais seus sintomas?
É um distúrbio que surge normalmente na pré-adolescência e é caracterizado pelo suor excessivo na palma das mãos, axilas, planta dos pés, e as vezes no rosto, mesmo quando o paciente está em repouso e calmo.
O nosso corpo transpira normalmente para regulação de temperatura interna corporal e eliminação de toxinas e água. É comum suarmos durante atividade física ou durante dias quentes. Porém, o que para a maioria é normal, para alguns pacientes pode se tornar um pesadelo.
O suor excessivo causa desconforto e estresse social para muitas pessoas principalmente após múltiplas tentativas terapêuticas normalmente não eficazes.
Um dos riscos de não se realizar o tratamento adequado para a hiperhidrose é o aumento progressivo dos sintomas da doença conforme ela não é controlada, assim como infecções de pele associada a microrganismos que normalmente vivem em nossa flora.
– Como é feito o diagnóstico?
É realizado por meio das queixas clínicas do paciente e pelo exame físico.
– Qual melhor tratamento para suor excessivo?
O único tratamento definitivo é a cirurgia. Normalmente, antes da cirurgia de simpatectomia, múltiplas opções de tratamento clínico podem ainda ser tentadas, como o uso de pomadas com anticolinérgicos, toxina botulínica e laser. Essas tentativas de tratamento, entretanto, são todas temporárias e não são definitivas para resolução dos casos de suor excessivo.
– Como é a cirurgia do suor?
Normalmente, é realizada via videolaparoscópica, uma forma minimamente invasiva, com anestesia geral. É realizado 2 pequenos cortes em baixo da axila para retirar o gânglio do sistema simpático que causa o suor excessivo.
A cirurgia é indicada para distúrbios de sudorese que levam a uma condição angustiante de potencial impacto social além de potencializar o risco de infecções cutâneas bacterianas e fúngicas desenvolvidas pela umidade constante.
Muito cuidado deve ser tomado na indicação deste procedimento. Pacientes que possuem uma causa secundária para o suor excessivo, ou seja, que possuem uma doença que potencializa o suor, devem primeiro tratar a sua doença primária para depois pensar em simpatectomia. São casos de hiperhidrose secundária os pacientes obesos, diabéticos e com insuficiência cardíaca.
– Como será após a cirurgia?
Paciente geralmente recebe alta do hospital um dia após o procedimento. O paciente pode retornar às atividades do cotidiano no mesmo dia da alta, evitando esforços moderados a intensos por cerca de 14 dias.
Pode acontecer uma redistribuição do suor pelo organismo no pós-operatório (chamada sudorese compensatória). Essa ocorrência pode acontecer, porém a grande maioria das pessoas que são operadas acham que esta sudorese é aceitável e incomparável à hiperhidrose primária prévia à cirurgia.