– O que é?
É uma doença que ocorre em cerca de 30% dos paciente que tem divertículos no intestino grosso, os divertículos são pequenas protrusões, pequenos “sacos” na parede do intestino.
Alguns dos motivos que podem levar à formação dos divertículos são: obesidade, hábito alimentar, sedentarismo, constipação intestinal e predisposição genética.
Essas saliências podem reter pequenas quantidades de fezes, que obstruem seu canal e causam inflamação/infecção desses divertículos (chamada de diverticulite).
Pode acontecer em todas as idades, sendo mais comum após os 60 anos. Um dos riscos dessa doença é o desenvolvimento de abscessos, sangramentos, ou até perfuração dos divertículos direto para a cavidade abdominal.
– Quais são os sintomas?
O paciente pode apresentar divertículos pela vida toda e não desenvolver nenhum sintoma, a chamada doença diverticular ou diverticulose. Porém, quando os sintomas surgem, diverticulite (inflamação do divertículo), o paciente apresenta abdominal geralmente localizada no quadrante inferior esquerdo do abdômen. Outros sintomas são febre, dor, sangramento nas fezes, constipação ou quadro diarreico, náuseas e vômitos.
– Como é feito o diagnóstico?
É realizado por meio do exame clínico e físico do paciente associado com tomografia computadorizada. Não se deve indicar colonoscopia nesses casos de inflamação aguda dos divertículos devido ao risco de perfuração dos mesmos.
– Qual o tratamento?
O tratamento inicial a um quadro estável de diverticulite consiste em jejum ou dieta leve associada a antibióticos e analgésicos. Caso não haja melhora do quadro ou perfuração do divertículo, pode-se indicar o tratamento cirúrgico.
– Como é a cirurgia para diverticulite?
É realizada por via videolaparoscópica ou aberta.
Em caso de urgência (diverticulite complicada), consiste na remoção da parte do intestino grosso que apresenta os divertículos inflamados e é realizada a colostomia (bolsinha). Em alguns casos específicos pode-se tentar a reconstrução do intestino durante a cirurgia, não sendo necessário a colostomia.
– O que é colostomia?
Consiste na abertura do intestino grosso por meio da parede abdominal. O procedimento possibilita que a parte final do intestino grosso seja exteriorizada. Assim desviará o trajeto do conteúdo fecal que ao invés de sair pelo ânus será expelido para uma bolsa coletora adaptada à pele.
– A colostomia é permanente?
A colostomia costuma ser temporária, após a melhora do quadro que levou a colostomia uma nova cirurgia é feita para reverter o procedimento. Geralmente esse período é de no mínimo 4 a 6 meses.
– Como será após a cirurgia?
As pessoas que passam por este procedimento podem voltar a sua rotina habitual, desde que sigam as orientações médicas, realizem a higienização adequada e a troca de bolsa.
Se faz o acompanhamento médico até o momento da nova cirurgia para reconstrução do transito intestinal.
– Quais os cuidados de quem já apresentou diverticulite?
O paciente deve manter uma boa hidratação ingerindo água, água de coco, isôtonicos e aumentar o consumo de fibras na alimentação (verduras, grãos, legumes, cereais e frutas). Recomenda-se manter o peso ideal, emagrecer se necessário e manter o hábito de praticar atividade física. São dicas importantes para melhorar o hábito intestinal, evitando constipação.