– O que é?
É o câncer que atinge o estômago, em sua maioria homens, por volta de 50 a 70 anos. É o 5º câncer mais frequente entre mulheres no Brasil e o 3º mais frequente entre homens (fonte: INCA).
Dentre os fatores de risco para desenvolver este tipo de câncer temos: obesidade, consumo de álcool e alimentos salgados, tabagismo, anemia perniciosa, infecção pela bactéria H.pylori, exposição à radiação, agrotóxicos, e outros itens cancerígenos.
Possuir familiares de primeiro grau com câncer de estômago também caracteriza um fator de risco para desenvolver até o tipo difuso do adenocarcinoma gástrico, um tipo de câncer que afeta indivíduos mais jovens e tende a ser diagnosticado quando avançado.
– Quais são os sintomas?
Geralmente, o paciente não apresenta sintomas específicos. Alguns sinais, como perda de peso, vômitos, dor abdominal epigástrica, sensação de estômago cheio podem estar presentes.
– Como é feito o diagnóstico?
É realizado por meio da endoscopia digestiva alta (EDA), sendo realizado a biópsia da lesão. Esse exame é realizado através de sedação e inserção de uma câmera através da boca, é capaz de analisar a mucosa do tubo gastrointestinal alto identificando possíveis lesões.
Após confirmado o diagnóstico, é necessário fazer um estadiamento da doença com exames de imagem como tomografia de tórax e abdômen.
– Qual é o tratamento?
O tratamento mais eficaz para câncer de estômago localizado, ou seja, que ainda não se espalhou, é a cirurgia. Em alguns casos o necessita realizar um tratamento com quimioterapia antes do tratamento cirúrgico, mas dependerá da individualidade de cada paciente.
– Como é a cirurgia de gastrectomia (retirada do estômago)?
Pode ser realizada por via aberta ou videolaparoscópica. A cirurgia é realizada preferencialmente por videolaparoscopia, realizada através de pequenos cortes e minimamente invasiva. A decisão por tirar parte do estômago ou ele inteiro dependem do tipo histológico do tumor, do tamanho, localização e extensão do mesmo.
Caso seja necessária a retirada de todo o estômago, o trânsito é reconstruído realizando uma comunicação do esôfago com nosso intestino delgado.
– Como será após a cirurgia?
O paciente geralmente recebe alta do hospital 2 – 5 dias após o procedimento. Sendo necessário uma dieta mais leve nos primeiros dias de pós-operatório.
A quimioterapia antes e/ou após a cirurgia, quando indicada, aumenta a chance de cura em casos de tumores mais avançados.